quarta-feira, 13 de julho de 2011

A Zootecnia e a Merenda Escolar

A Zootecnia valoriza a produção de alimentos de origem animal para consumo no próprio local onde é produzida, como a produção de leite, carne, ovos e mel. Todos esses produtos devem ser produzidos e processados no próprio município.

Hoje, 13 de maio – “Dia da Abolição dos Escravos (1888)” – “Dia da Fraternidade Brasileira (2008)” – “Dia de Nossa Senhora de Fátima (1917)” e “Dia do Zootecnista (1966)”. No Brasil a Zootecnia foi ensinada como disciplina especial nos Cursos de Agronomia até 1966, quando foi criado, na PUC de Uruguaiana/RS, o primeiro Curso de Graduação em Zootecnia, sendo a aula inaugural no dia 13 de maio de 1966. A profissão de Zootecnista foi regulamentada em 4 de dezembro de 1968 pela Lei Federal nº 5.550. No Estado do Tocantins existem os Cursos de Zootecnia em Araguaína, na Universidade Federal do Tocantins – UFT e em Palmas, na Faculdade Católica do Tocantins – FACTO.

Como sabemos, a Zootecnia é a arte de criar animais e uma ciência aplicada que trata da adaptação dos animais domésticos ao ambiente criatório com fins econômicos. A cadeia produtiva animal deve ser analisada por dois ângulos, de forma sistêmica e simultânea, ou seja, por um lado valorizar as técnicas de melhoramento genético, alimentar, sanitário, sócio-econômico e ambiental, visando o bem estar animal e, por outro, os custos da produção animal (zooeconômia) já que é considerada como o “agronegócio da produção animal”, do produtor ao consumidor e vice-versa.

Portanto, a produção de alimentos tem que ser realizada o mais próximo possível do consumidor, pois, quanto mais distante, maiores serão os seus custos, como exemplo, os gastos com o transporte dos produtos. A necessidade de encurtar a distância entre o produtor e o consumidor objetiva otimizar os custos e a qualidade dos alimentos, valorizando o produtor rural e o consumidor, com a redução de intermediários. Pelo exposto, a merenda escolar deve ser, preferencialmente, produzida dentro do próprio município, em cumprimento à Lei Federal 11.947/09, que determina que 30% dos produtos da alimentação escolar sejam provenientes da agricultura familiar. O objetivo dessa lei foi orientar e facilitar que os itens produzidos pelos pequenos agricultores cheguem às escolas da rede municipal e estadual.

Em última análise, a Zootecnia valoriza a produção de alimentos de origem animal para consumo no próprio local onde é produzida, como a produção de leite (vaca e cabra), carne (bovina, suína, ovina, caprina, aves, peixes, dentre outras), ovos (galinhas e codornas) e mel. Todos esses produtos devem ser produzidos e processados no próprio município (inspeção municipal), para atender a demanda da merenda escolar. A questão central passa a ser elaborar o cardápio da merenda escolar partindo desta premissa, ou seja, consumir preferencialmente a produção local, e a partir daí, organizar a produção de alimentos de forma a regular produção e consumo, e por escala, ou seja, os produtores rurais devem receber orientação zootécnica para produção desses alimentos conforme a previsão de consumo semanal e/ou mensal.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE tem como missão: “Retratar o Brasil com informações necessárias ao conhecimento de sua realidade e ao exercício da cidadania”, possui informações diversificadas de todos os municípios do Brasil (5.565), (Tocantins - 139), inclusive do setor agropecuário, tais como Censo Agropecuário, Pesquisa da Agricultura Municipal – PAM, Pesquisa da Pecuária Municipal – PPM, Pesquisa da Extração Vegetal e Silvicultura – PEVS, dentre outras. Os resultados dessas pesquisas, atualizadas anualmente, influenciam diretamente no PIB agrícola municipal (investimentos e riquezas geradas) e nos desdobramentos decorrentes. A PPM visa obter dados estatísticos sobre os efetivos dos rebanhos das principais espécies de animais domésticos e as produções de leite de vaca, ovos de galinha, ovos de codorna e mel.

Nesse contexto o IBGE revela, através das Pesquisas Agropecuárias, dentre outras, a localização geográfica (mapas) e os números da agropecuária municipal. Essas informações devem ser utilizadas pelos Governos Federal, Estadual e Municipal, bem como pelas Universidades com seus professores, pesquisadores, extensionistas, estudantes, iniciativas privadas, terceiro setor (cooperativas, associações, ONG’s...), produtores e consumidores, como subsídio para os estudos, planejamentos e ações direcionadas, visando projetar o futuro, com foco no  mercado de trabalho para os profissionais, gerando renda e a sustentabilidade ambiental.

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